Falsa perspectiva

 

Foto retirada do site Pinterest.

   Nesses dias tenho estado tão triste, solitária, nostálgica, melancólica e mais alguns estados que dão vontade de chorar. Preciso tanto falar com alguém que basta qualquer "Oi, como vai?" e pronto. A vontade de contar o que se passa cresce. Me arrependo do desabafo minutos depois, me parece um drama desnecessário. Não é carência, na verdade eu não sei o que é. Certamente é algo envolvendo a saudade.
    Com quem eu realmente gostaria de ter uma conversa, sem me preocupar com os julgamentos, provavelmente está "off"... aproveitando a vida, quem sabe. Não me encare como egoísta. Como uma pessoa que quer as pessoas a seu dispor. Longe de mim. Eu só preciso de alguém que me entenda de verdade. Alguém que me escute e encoraje. Alguém que não encare o que tenho para contar como besteira. Porque para mim não é. E não me venha com o aquele papo de que existem pessoas sofrendo mais que eu. O sofrimento é relativo e muda de pessoa para pessoa. Aliás, isso me lembra a teoria da relatividade.
    Mudar de cidade não é fácil. Não sinto isso pela praia e nem pela beleza do local. E sim pelas pessoas, pela energia, pela minha zona de conforto. Sinceramente, não sei onde estava  com a cabeça quando aceitei essa ideia de mudança. Fui enganada por uma falsa perspectiva e por falsos sentimentos criados pelo impulso. Talvez eu deva dar uma chance para essa nova cidade mas eu não consigo e também não quero. Tenho a possibilidade de ir passar as férias, mas para perceberem que sou mesmo complicada, estou um pouco desanimada. Pois se deixar tudo como está, não passo pela tristeza que é a volta, a despedida.
   Estou precisando aproveitar a vida e participar mais. Ficar menos "on" como alguns amigos. Mas não aqui. Não com essas pessoas.